Me veja, me sinta

Me veja, me sinta




Não tenha medo de me sentir, não tenho medo de me aprofundar. Sou de toques das formas mais profundas, aquelas sem as mãos, aquelas entregas verdadeiras de saber enxergar a pessoa. Sou aquela que ama a troca. Não sou de abraços, não sou de ficar perto... Mas me entrego a conversas longas, sou aquela que se atraí pelo gosto musical da pessoa, amo o bom humor, tenho orgasmos pela inteligência.
Sou tocada muito mais quando sabem me enxergar, do que quando me envolvem no abraçar.
Me arrepia, quando falam de coisas que gosto, palavras que fazem sentido que me motivam a pensar, questionar ou a ir além do que eu imagino que sei. Me atraí a sabedoria de alguém que me mostra por onde caminhar. Sinto cada pedaço do meu corpo quando tem uma música que mexe comigo, como cada estrofe pode falar de mim sem citar meu nome, como cada acorde desliza em meu corpo e me faz movimentar. Meu corpo estremece quando escuto quem me faz sorrir, quem sabe ser mais que assuntos, sabe ser sorrisos e me faz sorrir.
Posso não ser abraçada, mas sou tocada de diversas formas.
Me apaixono e me entrego a esses toques. A quem eu me entregar, digo: Não tenha medo de me sentir! Se você me fizer te admirar... Sem as mãos, eu me permito ser tocada, sou muito além do corpo.

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